CENÁRIO INTERNACIONAL
O destaque da semana é a alta dos preços do petróleo que atingiram US$ 85/barril após a OPEP+ anunciar a redução de 1,2 milhão de barris/dia da sua produção, trazendo grande preocupação para o mercado mundial com a possibilidade de um aumento, na já alta inflação global, fazendo com que os Bancos Centrais repensem seus planos de redução das taxas de juros para o 2º sem/23. Segundo informações de uma grande instituição financeira internacional, as cotações ainda podem chegar a US$ 90/barril embora os preços futuros negociados na bolsa ainda não tenham capturado esse aumento. A conferir.
CENÁRIO NACIONAL
Finalmente foi divulgado o novo arcabouço fiscal e este, ao que parece, não agradou os economistas, que afirmam que o plano foi baseado numa meta de crescimento difícil de ser alcançada, principalmente diante do cenário atual de dificuldades de aumento do PIB vivida por todos os países. Tanto a câmara quanto o senado ainda não entraram em acordo sobre o assunto que, certamente, levara mais um tempo ainda para ser aprovado. A conferir.
BOLETIM FOCUS: As previsões dos analistas para a inflação de 2023 subiram, nesta semana, enquanto as de 2024 foram mantidas. Para o PIB, as expectativas foram mantidas para este ano e avançaram para o próximo. As estimativas para a taxa Selic em 2023 e 2024 ficaram estáveis, bem como, para o dólar, pela 9ª e 5ª semanas consecutivas, respectivamente.
AGRONEGÓCIO
Relatório divulgado pelo USDA sobre a intenção de plantio nos Estados Unidos apontou um aumento de 4% na área de soja e uma perspectiva, para a área de milho, de 36,22 milhões de ha, em linha com as estimativas dos analistas. A surpresa foram os dados em relação a estoques de soja que, em 01 de março, chegou a 45,91 milhões de t ante os 51,71 milhões de t registrados no mesmo período de 2022, enquanto que, para o milho, o documento anota 188 milhões de t, abaixo das expectativas do mercado, de 190 milhões de t.
MILHO: O relatório do USDA, apontando o aumento da área de milho, em linha com as estimativas do mercado e o documento de uma consultoria especializada em acompanhamento de safras, mencionando a expectativa de uma safra grande do milho safrinha, no Brasil, divulgados nesta semana, contribuíram para dar pressionar ainda mais para baixo as cotações do cereal. Além disso, as condições climáticas favoráveis para semeadura da safra dos EUA, segundo alguns especialistas, é outro fator que também tem contribuído para o recuo das cotações, fazendo com que as atenções, neste momento, se voltem para o clima americano. A conferir.
SOJA: Após a divulgação do relatório do USDA, as cotações futuras deram um salto, nesta semana, subindo praticamente mais de 2% em todos os vencimentos, tanto na bolsa de Chicago como na B3. Espera-se que o movimento natural, neste momento, seja a realização dos ganhos obtidos com essa alta e que os preços voltem aos patamares anteriores. Para os produtores, pincipalmente aqueles que tem compromissos de financiamento, é interessante aproveitar estes espaços de alta para irem fixando suas vendas.
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