CENÁRIO INTERNACIONAL
O destaque da semana é o anúncio de falência de dois bancos americanos trazendo preocupações, por parte dos investidores, quanto à saúde financeira de outras instituições, principalmente as regionais, que possuem aplicações com maior risco. Temendo o chamado “efeito dominó” no sistema financeiro, o FED agiu prontamente, abrindo linhas de crédito especiais para bancos que vinham apresentando dificuldades em se financiarem no mercado. Este cenário altera as previsões de aumento da taxa de juros, pelos analistas do mercado, que agora estimam que o Banco Central americano, em sua próxima reunião, na semana que vem, deva optar pela manutenção da taxa, a fim de minimizar os efeitos desta crise. A conferir.
CENÁRIO NACIONAL
A divulgação do IPCA de fevereiro trouxe surpresa ao mercado, atingindo 0,84%, bem acima dos 0,78% esperados e causando preocupações em relação às expectativas de desaceleração da inflação, com analistas avaliando a possibilidade de haver um corte da taxa de juros na próxima reunião do Copom. A conferir.
O Ministro da Fazenda declarou a intenção de antecipar a data de divulgação, para o mercado, das medidas do novo arcabouço fiscal, mas que, antes, pretende discutir os últimos detalhes com o vice- presidente e passar pela aprovação final do presidente, para realizar o anúncio. Afirmou também, que mesmo diante da crise bancária nos Estados Unidos, o Brasil tem bastante espaço para cortar a taxa de juros no mercado interno. A conferir
BOLETIM FOCUS: As projeções dos analistas de mercado para o IPCA e PIB foram elevadas para 2023 e mantidas para 2024. As previsões para a Taxa Selic ficaram estáveis para este ano e para o próximo, enquanto que, para o dólar, as estimativas seguem estáveis para 2023, pela 6ª semana consecutiva, bem como para 2024, pela 2ª semana seguida.
AGRONEGÓCIO
Dados divulgados pelo Ministério da Agricultura mostram que o Brasil deve anotar, em 2023, um crescimento de 5% no Valor Bruto da Produção (VBP), se comparado ao ano passado, atingindo cerca de R$ 1,25 tri, devido ao aumento de 8,9% no rendimento das lavouras, que pode chegar a R$ 887 bi. Soja e milho representaram 60% deste total, contribuindo com R$ 387 bi e R$ 162 bi, respectivamente. Quanto à pecuária, o VBP projetado apresenta uma queda de 3,4%, podendo chegar a R$362 bi.
Com o cenário de apreensão devido à falência dos dois bancos americanos, conforme mencionamos acima, tanto o mercado de soja quanto o de milho também foram influenciados, esta semana, pelo fenômeno de aversão ao risco dos investidores, que procuraram diminuir suas posições em commodities e colocaram seus recursos em títulos do governo americano. Ao que tudo indica, esse deve ser um movimento passageiro. A conferir.
MILHO: Ao que parece, o apetite chinês pelo milho brasileiro não para de crescer e a China desponta como um importante parceiro para o escoamento do cereal do Brasil, anotando, entre janeiro e fevereiro/2023 um total de 8,45 milhões de t embarcadas.
MILHO 2: Em seu boletim semanal de acompanhamento das lavouras, a CONAB aponta que já foram colhidos, da primeira safra, 26,3% do total esperado e, para a segunda safra, estima-se que 72,5% da área prevista já esteja semeada, representando um recuo ante o mesmo período de 2022, cujo percentual foi de 87,4%. Esse atraso deve, possivelmente, trazer volatilidade para os preços do milho nos próximos meses. A conferir.
SOJA: Conforme as expectativas, o USDA – Departamento de Agricultura Americano, em seu último relatório, reduziu em 20% suas projeções para a colheita da Argentina, estimando sua produção em 33 milhões de t, bem abaixo da projeção anterior que era de 41 milhões de t, abrindo espaço, segundo analistas, para um aumento das exportações dos Estados Unidos, cujos estoques em baixa devem ficar ainda mais reduzidos. A conferir.
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