CENÁRIO INTERNACIONAL
Em seu discurso, realizado durante o Congresso Nacional do Povo, o primeiro-ministro chinês reiterou, que o país deverá registrar, em 2023, um crescimento cerca de 5% acima do registrado em 2022, embora bem abaixo dos percentuais de anos anteriores, citando, como causas do “baixo” crescimento, as dificuldades de avanço da economia mundial, a inflação global, as retaliações comerciais que a China tem sofrido por parte de alguns países e a fuga de capital estrangeiro no setor imobiliário depois que várias incorporadoras ficaram inadimplentes.
CENÁRIO NACIONAL
Ao que parece, o novo Marco Fiscal (ex-Teto de Gastos), deve apresentar algumas modificações importantes e uma delas seria que despesas federais poderão ser aumentadas conforme a variação do PIB nominal per capita, o que representa, segundo comparativo realizado por especialistas nos últimos 5 anos, algo em torno de inflação mais 2%. Em um cenário como o atual, com projeções futuras prevendo um PIB fraco e inflação em alta para este ano, isso deve acarretar um desalinhamento entre a política fiscal e a monetária, acelerando o crescimento, embora, em contra- partida, aumentando a inflação. A conferir.
PIB: Dados divulgados pelo IBGE, nesta semana, mostram um avanço de 2,9% do PIB brasileiro, em 2023, embora tenha apontado um recuo de 0,2% no 4º trim/22 ante o trimestre anterior, em linha com o esperado pelo mercado. Fontes do Ministério da Fazenda consideram que o ritmo de crescimento, neste ano, possa ser mais lento em razão da retração da atividade global, devido ao “ciclo de aperto monetário nas principais economias”, principalmente EUA e Europa, embora com expectativas de recuperação diante das estimativas de uma safra recorde para o ano e das medidas, segundo eles, de valorização do salário mínimo e aumento da faixa de isenção do imposto de renda. A conferir.
BOLETIM FOCUS: Nesta semana, analistas do mercado mantiveram as projeções de inflação para 2023, quebrando a sequência de 11 semanas em alta. As estimativas para o PIB foram elevadas para 2024 e mantidas para este ano, bem como, para a Taxa Selic em 2023 e 2024. O dólar segue com projeções estabilizadas, pela 5ª semana consecutiva.
AGRONEGÓCIO
O avanço das invasões coordenadas de terras produtivas por movimentos radicais em todo o Brasil, apesar de já ser esperado, teve grande repercussão, causando indignação e repúdio não apenas entre entidades ligadas ao agronegócio como também na sociedade como um todo. Segundo o Ministro da Agricultura, o governo não tolerará invasões de terras e agirá com rigor contra aqueles que participarem destes atos. É fato que, para uma ação há sempre uma reação, mas esperamos que esse movimento se dissipe e que tudo volte à normalidade. A conferir.
MILHO: O mercado de milho segue em compasso de espera e as avaliações de especialistas são que, provavelmente os compradores estejam abastecidos enquanto produtores aguardam preços melhores para efetuar suas fixações. Com pouca demanda das tradings, as exportações estacionaram e as compras têm sido pontuais, somente para completar uma carga de um navio.
MILHO 2: Mesmo com o atraso da colheita da soja, em razão das chuvas, o plantio da safrinha segue em ritmo acelerado, mas ainda abaixo do percentual registrado no mesmo período do ano passado, o que pode atrasar a colheita da segunda safra e, consequentemente, pressionar, para cima, as cotações dos vencimentos mais curtos. O relatório do USDA a ser divulgado nesta semana, deve apontar, conforme previsão de alguns analistas, um aumento da área plantada de milho. Com isso, a recomendação aos produtores é aproveitar os movimentos de alta no câmbio para irem fixando, aos poucos e com cautela, suas vendas.
SOJA/BIODIESEL: O Ministro da Agricultura ratificou seu posicionamento favorável quanto à condução, por parte do governo, de “uma política reformulada, com planos de ação voltados à expansão sustentável do setor de biodiesel” enfatizando que a sociedade deve ser informada dos benefícios do combustível para o meio ambiente, economia e geração de empregos. Um dos pontos deste plano, segundo ele, seria aumentar o teor de mistura do biodiesel ao óleo diesel, dos atuais 10% para 15%, de forma escalonada, “estimulando a produção, com ocupação da capacidade ociosa (atualmente superior a 50%) das usinas. Especialistas do setor afirmam que o biodiesel deve ser “um indutor de políticas públicas voltadas a gerar benefícios ao país em áreas como economia, saúde, meio ambiente, agropecuária, além de combustíveis”, além de “reduzir as emissões de poluentes, minimizar gastos com importação de diesel, gerar oportunidades para agricultores familiares, dar destinação a excedentes de óleo de soja óleos residuais e gorduras animais, agregando valor às cadeias de soja e de proteína animal, e reduzindo os custos de exportações de carnes pelo Brasil”.
SOJA 2: Consultorias acreditam que o relatório do USDA, a ser divulgado nesta semana, deve apontar uma ligeira diminuição dos estoques dos Estado Unidos. Traders e fundos que tiveram acesso aos dados deste relatório aumentaram suas posições compradas na Bolsa de Chicago, dando sustentação aos preços. A conferir.
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