CENÁRIO INTERNACIONAL
O Governo do Panamá declarou estado de emergência diante a detecção de um caso de gripe aviária e emitiu alerta de 90 dias, com medidas de biossegurança a serem adotadas, para evitar que a doença atinja as granjas comerciais. O país é o 7º da América do Sul a registar a doença. Chile, Colômbia, Equador, Peru, México e Venezuela também possuem casos e surtos ativos.
Especialistas estimam que o balanço de 2022 aponte que ações e bônus tenham sofrido as perdas globais mais significativas desde a crise financeira mundial de 2008, alcançando mais de US$ 30 tri diante da inflação alta, da elevação das taxas de juros e a guerra da Ucrânia. Isso fez com que o
índice MSCI All-World das ações dos mercados desenvolvidos e emergentes perdesse cerca de 1/5 de seu valor no ano, o mesmo acontecendo com os mercados de bônus onde a taxa de retorno dos títulos de 10 anos do governo dos EUA, referência mundial para custos de empréstimos de longo prazo, chegou a 3,9%, ante os 1,5% registrados no final de 2021, no maior aumento anual registrado desde os anos 1960. As bolsas mundiais sofreram expressivas quedas e empresas dos mais diversos setores da economia com ações negociadas em bolsa perderam, ao todo, cerca de US$ 25 tri de seu valor. Neste cenário, as commodities aparecem como alguns dos poucos mercados mundiais a registrarem ganhos neste ano, com o índice S&P GSCI subindo 8%, destacando principalmente preços de energia e agricultura, que registraram as maiores elevações.
CENÁRIO NACIONAL
O destaque, nesse início de ano, fica para a posse do novo governo e ministério. Para o mercado em geral, após o discurso inicial, permanecem as preocupações em relação à equalização das contas, uma vez que os gastos estão sendo anunciados sem determinar de onde virão os recursos para financiá-los, já que as privatizações suspensas, os cortes de impostos nos combustíveis continuam, etc. Este quadro aumenta o “risco-país” e, como um dos reflexos disso, pode-se observar o aumento das cotações do dólar desde a posse.
BOLETIM FOCUS: Analistas do mercado aumentaram, pela 3ª semana seguida, a expectativa de inflação para 2023 e 2024, estimando que o IPCA ultrapasse o teto da meta de 3,25%, pelo 3º ano seguido. Foram reduzidas as projeções para a queda da taxa de juros, em 2023, de 13,75% para 12,25% contra os 12% na semana passada e 11,75% há um mês, enquanto para PIB e Dólar se mantiveram praticamente estáveis.
AGRONEGÓCIO
MILHO: Algumas consultorias dão como certa uma quebra de safra na produção de milho, principalmente na primeira safra, devido à falta de chuvas na região sul do país. Segundo essas empresas, a produção gaúcha não deve passar de 3 milhões de t. Para a segunda safra, a estimativa é que ocorra um crescimento, chegando a uma produção total de 129 milhões de t, se não ocorrerem problemas climáticos durante a colheita. A conferir.
SOJA: Analistas afirmam que, apesar de ter voltado a chover em algumas regiões produtoras da Argentina, estas chuvas foram insuficientes, fazendo com que a produção de soja continue prejudicada e agravando as perdas do potencial produtivo, reduzindo cada vez mais as previsões para os volumes a serem colhidos. Assim, a permanecer esse cenário, a safra da oleaginosa no país pode ficar abaixo de 40 milhões de t. Mais uma vez, as atenções dos produtores seguem acompanhando as condições climáticas.
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