CENÁRIO INTERNACIONAL
O forte desempenho da economia americana, com o consumo e a atividade ainda se sustentando, principalmente no setor de serviços e a inflação dando poucos sinais de recuo, contrariaram as expectativas do mercado, reforçando o ambiente de alta dos juros no país, resultando na valorização do dólar e recuo nos mercados acionários, além de projetar um período mais longo que o esperado de aperto e um risco maior de recessão.
CENÁRIO NACIONAL
Após o alívio inicial de que a PEC da Transição passaria por ajustes, com o mercado acreditando em uma desidratação e valor menor, em torno de R$ 150 bilhões, considerado neutro para as contas públicas, as preocupações persistem com as informações, a serem confirmadas, de que o futuro governo tenha conseguido manter a proposta de um waiver de R$ 198 bilhões, além de abrir um espaço de R$ 105 bilhões no Orçamento e que as negociações que vinham sendo mantidas seriam apenas pressões para negociação de cargos e verbas. Sobre o prazo, segundo deputados governistas, “tudo caminha para a definição de dois anos”. A conferir
IBOVESPA: Após iniciar a semana em queda, o índice mostra recuperação, mas ainda com as atenções e preocupações voltadas para a votação da PEC da Transição e a formação da equipe econômica, com o mercado monitorando os movimentos do próximo governo quanto à sua política fiscal e fazendo com que a volatilidade permaneça.
COPOM: As expectativas do mercado são de que, em sua reunião desta quarta, 07/12, o comitê anuncie a manutenção dos atuais 13,75% para a Taxa Selic, embora se mantendo atento ao cenário fiscal, já anunciando que “não hesitará em retomar a alta dos juros se o processo de desinflação não ocorrer como o esperado”. As incertezas quanto às contas públicas põem em dúvida um “afrouxamento monetário” para 2023, e, parte do mercado já adota um viés de alta na taxa para o próximo ano, com estimativa de que esta seja por volta de 0,25 pp, nas duas primeiras reuniões de 2023 (fev e mar) e com a possibilidade de cortes apenas a partir de ago/23. A conferir.
AGRONEGÓCIO
SOJA: Diante de um quadro de recuo do dólar no exterior, afrouxamento das medidas de restrição na China e estudos meteorológicos para os próximos 10 dias prevendo muito calor e falta de chuvas na América do Sul, especialmente na Argentina, preocupando o mercado frente às inevitáveis perdas, estando o plantio parado em diversas áreas e, com isso, a melhor janela se perdendo, todos os vencimentos futuros da oleaginosa, nesta semana, apresentaram valorização, tanto na CME quanto na B3.
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